O voo de vigilância de hoje realizado por cientistas do Icelandic Met Office (IMO) e do Institute of Earth Sciences permitiu verificar a formação de duas novas fissuras eruptivas a cerca de 1.5 km a sul da fissura inicial na região de Holuhraun, e a cerca de 2 km a norte do glaciar Dyngjujökull. As novas fissuras formaram-se num graben, uma estrutura distensiva limitada por duas falhas normais, que se desenvolveu sobre a intrusão. Também a deformação na superfície do glaciar Dyngjujökull parece ter-se intensificado, mostrando depressões (cauldrons) mais profundas.
Outros dados de monitorização indicam que têm sido libertadas para a atmosfera quantidades substanciais de SO2, e estimam uma altura de 5 km para a nuvem de vapor. A actividade sísmica mantém-se, tendo sido registados 170 eventos desde a meia-noite de hoje. Os sismos mais energéticos atingiram magnitudes de 4.4 e 5.3 e tiveram epicentro na caldeira do Vulcão Bardarbunga.
O IMO indica quatro cenários possíveis para a evolução da erupção: 1) a paragem da migração de magma com redução gradual da sismicidade associada; 2) a formação de novos centros emissores com o eventual alcance do magma à superfície em locais diferentes, originando erupções efusivas e/ou explosivas; 3) uma erupção mais explosiva com emissão de cinzas se o magma atingir a superfície na zona do glaciar, e com riscos de inundação em Jökulsá á Fjöllum; ou 4) uma erupção centrada no vulcão Bardarbunga, também com riscos de ser mais explosiva e com perigo de inundação em Jökulsá á Fjöllum, Skjálfandafljót, Kaldakvísl, Skaftá e Grímsvötn.
Segundo declarações do vulcanólogo Thorvaldur Thordarson à imprensa local, a erupção parace estar a sofrer algumas alterações na medida em que parece estar a aproximar-se do glaciar.
O IMO mantém o alerta laranja para a aviação para o vulcão Bardarbunga e alerta amarelo para o vulcão Askja.