O vulcão Cotopaxi localizado no Equador voltou na madrugada do dia 3 deste mês a registar uma nova fase eruptiva. O vulcão que começou a sua erupção em agosto deste ano, depois de 138 anos adormecido, emitiu uma coluna de cinzas com cerca de 2 km de altura acima da cratera.
O Ministério de Coodernação e Segurança do Equador preveniu a população, na medida em que essas cinzas podem vir a cair nas vizinhanças da localidade de Quito.
Entre 21 de setembro e 1 de outubro o vulcão, que é considerado um dos mais perigosos do mundo, registou uma baixa atividade superficial, durante a qual se observou apenas emissão de gases. A partir da noite do dia 2 deste mês observou-se uma incandescência ao nível da cratera e desde a madrugada do dia 3 que se observam emissões pontuais de cinzas. De acordo com o Instituto Geofísico (IG) da Escuela Politécnica Nacional (IGEPN), a incandescência observada resulta dos gases a elevada temperatura, no entanto pode também indicar que o magma continua a ascender e que a erupção pode passar a magmática, significando que podem ocorrer pequenas a moderadas explosões, com ejeção de blocos incandescentes, acompanhados de novas emissões de cinzas.
A partir do dia 5 a emissão de cinzas tem-se tornado contínua, registando-se assim a queda deste material nos flancos ocidental e norte do vulcão. Associado a esta ocorrência, verificou-se um aumento da atividade sísmica e uma diminuição de eventos vulcano-tectónicos, e a nível de desgaseificação, o incremento da taxa de CO2.
Durante um voo realizado no dia 2 foram observados quatro lahars secundários, limitados à área do Parque Nacional Cotopaxi. Estes lahars estão associados à precipitação nas zonas mais altas do vulcão e ao degelo glaciar.
O governo declarou estado de emergência no mês de Agosto, época em que foi necessário realizar-se exercícios de evacuação com a população. De acordo com as autoridades, cerca de 325 mil pessoas podem ser afetadas pela erupção, se esta causar movimentos de vertentes e avalanches.