O alerta do vulcão Katla, o maior vulcão da Islândia que se eleva a 1 450 metros, foi elevado após terem sido registados dois sismos de magnitude superior a 4 a N de Vik na passada segunda-feira.
De acordo com o comunicado emitido pelo IMO (Icelandic Meteorological Office), o primeiro sismo ocorreu à 01:47 hora UTC, seguido 20 segundos depois por um sismo de magnitude 4,6. Até ao momento já foram registados mais de 48 eventos naquela zona, a maioria deles de baixa magnitude, tendo os mais energéticos magnitude superior a 3.
O IMO confirmou um aumento na atividade sísmica nas últimas semanas e que está a ser realizada a monitorização do vulcão. Os cientistas afirmam que não é provável o vulcão entrar em erupção, no entanto não podem descartar essa hipótese.
O aumento da sismicidade na cratera do Katla é comum na época de verão, estando muitas vezes associado ao degelo de caldeirões. Esta atividade contínua dentro da caldeira é semelhante aos distúrbios observados no verão de 2012 e 2014.
A monitorização ao redor do vulcão não está a detetar sinais de aumento de deformação do solo ou do tremor sísmico, ambos indicadores de movimentação magmática no interior do vulcão.
A Islândia está localizada num limite de placas tectónicas divergentes sobre a Crista Média Atlântica, possuindo cerca de 30 sistemas vulcânicos ativos. O vulcão Katla entrou em erupção regularmente no passado, aproximadamente uma vez a cada 50 anos.
Em 1918 o vulcão teve a sua última grande erupção, na qual emitiu cinzas durante mais de cinco semanas. Em 1955 e 1999 o vulcão experienciou erupções ligeiramente mais moderadas, nenhuma das quais com magnitude suficiente para fragmentar o gelo que cobre a caldeira com 10 km de largura.
Em 2010 o vulcão vizinho, Eyjafjallajökull, igualmente ativo, entrou em erupção tendo um grande impacto no tráfego aéreo internacional.