O Hawaiian Volcano Observatory do United States Geological Survey (HVO-USGS) elevou o nível de alerta do vulcão Mauna Loa para amarelo (advisory) e o código de alerta para a aviação para amarelo, devido ao registo de sinais geofísicos, nomeadamente o número de sismos registados e a taxa de deformação superficial do vulcão Mauna Loa, que indicam reativação do sistema vulcânico.
Em outubro de 2018, as estações sísmicas do HVO-USGS registaram uma média de pelo menos 50 sismos superficiais de baixa magnitude por semana sob o topo do Mauna Loa, e do flanco superior da Zona do Rift Sudoeste. Em comparação, no primeiro semestre de 2018, verificou-se uma taxa de 20 sismos ou menos por semana. A localização destes sismos é semelhante à dos eventos que precederam as erupções mais recentes do Mauna Loa, em 1975 e 1984.
Durante este mesmo período de tempo, a rede de monitorização geodésica e o radar de satélite mediram deformação do solo consistente com uma nova recarga do reservatório magmático. A taxa atual e o padrão de deformação do solo são similares àqueles medidos durante a inflação de Mauna Loa em 2005 e novamente de 2014 a 2018.
Posto isto, as observações indicam que o vulcão está a sofrer uma reativação e, consequentemente, o HVO-USGS elevou o nível de alerta do Mauna Loa para amarelo e o código de cor da aviação para amarelo. Informam que isto não significa que uma erupção vulcânica está iminente, mas antes que ocorreram alterações no reservatório magmático superficial. Relembram que a reativação registada entre 2014 e 2018 não resultou em erupção vulcânica.
Mauna Loa, que se ergue sobre o vulcão Kilauea, é um dos vulcões mais ativos da Ilha Grande do Havai, tendo a sua última erupção ocorrido em 1984, juntamente com a retoma da atividade do Kilauea. No entanto, desde então que tem estado adormecido (mas ativo).
Uma erupção do Mauna Loa pode colocar infraestruturas em risco, por ser um dos maiores vulcões em escudo do mundo, juntamente com o facto de emitir escoadas lávicas basálticas de avanço rápido.