Vulcão do Fogo (Cabo Verde) regista um incremento na actividade eruptiva
Nos últimos dias o Vulcão do Fogo, Cabo Verde, tem registado um incremento na actividade eruptiva. Na tarde do dia 5 de Janeiro, segunda-feira, o Vulcão do Fogo emitiu novamente lava e registou-se um incremento da emissão de gases e cinzas vulcânicas que formaram uma coluna eruptiva que atingiu cerca de 1500 metros de altura acima da cratera, sendo observável a partir da cidade de São Filipe. Em informações prestadas à Inforpress, a especialista da Universidade de Cabo Verde (Uni-CV) Sónia Silva disse que ocorreu também um aumento da actividade explosiva com projecção de piroclastos de trajectória balística de várias dimensões, desde cinzas a bombas e blocos. A escoada lávica que se formou avançou cerca de 50 metros em direcção ao Monte Beco e ontem, dia 6 de Janeiro, por volta das 06:00 (hora local), já não se via a emissão de lavas. Há vários dias que não se registava a emissão de escoadas lávicas, estando as frentes lávicas de Portela, Bangaeira e Ilhéu de Losna estagnadas, embora registem uma temperatura que oscila entre os 100 e 500ºC.
Na noite de 6 de Janeiro registou-se novamente um aumento da actividade explosiva com projecção de cinzas, o que deixou a população e as autoridades em alerta. As explosões eram audíveis na cidade de São Filipe. Segundo Sónia Silva, não há motivos para alarme, sendo normal ocorrer uma alternância entre períodos mais calmos com outros mais intensos. A investigadora informa que se mantém a emissão de gases, mas em menor quantidade que os dias anteriores.
Hoje de manhã, dia 7 de Janeiro, a situação está aparentemente calma, mas não é possível apontar uma data para o fim da erupção, dada a imprevisibilidade do comportamento do vulcão.
A equipa da Uni-CV continua no terreno a acompanhar a erupção e recomenda que as pessoas evitem aproximar-se da cratera.
O investigador do CVARG/CIVISA, Jeremias Cabral, natural de Cabo Verde, encontra-se na ilha do Fogo para acompanhar a erupção, integrando a equipa da Protecção Civil. O CVARG/CIVISA encontra-se a acompanhar o desenvolvimento da actividade eruptiva.