A agência de emergência da Guatemala está a monitorizar o vulcão Fuego, localizado a 50 quilómetros a sudoeste da capital, Cidade da Guatemala, após nos últimos dias se ter verificado um aumento da atividade com a produção de pelo menos cinco frentes de escoadas lávicas.
A taxa de emissão tem aumentado significativamente, com fontes de lava intensas e atividade explosiva do tipo estromboliano, que tem atingido cerca de 500 metros de altura acima da cratera, alimentando assim cinco escoadas lávicas, que se propagam ao longo de 2 a 3 quilómetros pelos flancos oeste e sul do vulcão em direção aos vales Ceniza, Trinidad, Las Lajas, Santa Teresa e Honda. As cinzas emitidas atingiram cerca de 6000 metros de altitude, progredindo para oeste e sudoeste até distâncias de 30 a 40 quilómetros, tendo-se verificado a queda de cinzas nas aldeias de Santa Lucia Cotzumalguapa, Patulul, situadas no departamento de Suchitepéquez.
Estes fluxos de lava rápidos e acentuados são muito suscetíveis de originar fluxos piroclásticos por colapsos parciais, de forma semelhante ao acontecido durante o último episódio paroxismal a 10 de novembro, ameaçando uma vasta área a sul e a oeste do vulcão, em particular os vales.
O último comunicado emitido pelo Instituto Nacional de Sismologia, Vulcanologia, Meteorologia e Hidrologia (INSIVUMEH) reporta uma diminuição da atividade eruptiva, salvaguardando, no entanto, a possibilidade desta poder aumentar de intensidade novamente.
A Guatemala localiza-se no designado Arco Vulcânico da América Central, uma cadeia constituída por centenas de vulcões que formam parte do Anel de Fogo do Pacífico.