Na tarde do passado sábado, geólogos do Observatório de Vulcanologia e Sismologia da Universidade Nacional da Costa Rica (OVSICORI), reportaram uma nova erupção do vulcão Turrialba, o mais ativo do país.
O evento vulcânico ocorreu pela 13:50 hora local (19:50 UTC), numa quente, mas extremamente ventosa tarde. Segundo o OVSICORI, naquele instante os sismógrafos começaram a registar vibrações, momento em que os investigadores de serviço ativaram as câmaras da cratera para registar a erupção.
A erupção consistiu em duas fases distintas, a primeira com emanação lenta de cinzas vulcânicas e gases nocivos, e a segunda, cerca de dez minutos depois, com uma ejeção mais poderosa, emitindo uma pluma com material sólido a cerca de 500 metros de altura.
Devido às condições meteorológicas favoráveis, céu limpo, a erupção que ocorreu na cratera ocidental foi visível a partir do cume do vulcão Irazu, localizado a cerca de 10 km.
Especialistas do OVSICORI, com dos dados do Instituto de Meteorologia, e utilizando o sistema de modelação de dispersão atmosférica AERMOD, conseguiram prever uma possível rota da dispersão das cinzas, indicando que estas seguiriam para noroeste, passando sobre Guapiles e a maior parte sobre a província de Heredia, em pleno dia de eleições municipais.
Uma quantidade de cinzas depositou-se em zonas de vegetação e culturas da enorme fazenda Finca La Picada, localizada nas proximidades do vulcão.
Alguns moradores de Concepcion e Heredia detetaram ainda um forte odor a enxofre.
A atividade deste vulcão tem perturbado o quotidiano da população, tanto na agricultura como no funcionamento de escolas e do aeroporto, levando muitas vezes ao seu encerramento, embora não tenha sido o caso nesta erupção. A Comissão Nacional de Emergências tem mantido o alerta amarelo ativo para a maior parte do Parque Nacional do Vulcão Turrialba, com o intuito de persuadir os turistas e pessoas não autorizadas a manterem-se afastadas da cratera.