Um sismo de magnitude 7,8 atingiu ontem, dia 16 de abril, a região de Muisne, no Equador, uma região costeira, pouco povoada caracterizada pelos seus pequenos portos. De acordo com o United States Geological Survey (USGS), o sismo ocorreu às 18:58 hora local (23:58 hora UTC), localizou-se a cerca de 27 km a SSE de Muisne, 52 km a W de Rosa Zarate e a 68 km a SSW de Propicia no Equador, a cerca de 19,2 km de profundidade.
Até ao momento há registo de mais de 238 mortes, mas as autoridades alertaram que este número poderá aumentar, devido ao facto de haver ainda muita gente desaparecida em escombros resultantes do colapso de edifícios e pontes. O número de feridos ronda os 1500. As equipas de resgate têm dificuldade a aceder à remota região onde se localizou o sismo devido a movimentos de vertente que impedem a sua mobilização. Mais de 10 mil soldados e 4600 polícias foram mobilizados para manter a ordem e ajudar nas operações de resgate.
Segundo as autoridades locais, foi ativado o Estado de Emergência em seis províncias, Guayas, Manabi, Santo Domingo, Los Rios, Esmeraldas e Galápagos, e mobilizados dois hospitais portáteis para as cidades de Pedernales e Portoviejo. Após o alerta de tsunami ter sido invalidado, as famílias foram autorizadas a regressar às suas casas nas áreas costeiras. Após o sismo principal, ainda foram registadas algumas réplicas, as mais energéticas com magnitude de 5,6.
Não há relatos de destruição ou feridos na capital do país, localizada a 173 km do epicentro.
Alguns geólogos afirmam que este evento foi 20 vezes mais forte do que o sismo que ocorreu no Japão na passada semana. O Equador situa-se no chamado Anel do Fogo do Pacífico, sendo frequente a atividade sísmica e vulcânica.