A erupção vulcânica em Geldingadalir, na Península de Reykjanes, continua em curso. Com início há pouco mais de um mês, formaram-se várias fissuras e, nos últimos dias, a atividade vulcânica na cratera localizada mais a norte cessou.
Sara Barsotti, coordenadora para os perigos vulcânicos do Icelandic Met Office (IMO), explica que desde que a erupção começou, tem mudado constantemente, pelo que o significado da atividade ter cessado ao nível da primeira cratera a ser formada ainda não é claro para avançar com teorias sobre quando a erupção irá terminar. Avança que atualmente, não há magma a fluir da primeira cratera, embora seja incerto se a cratera está totalmente adormecida. Até porque, explica, que o último ponto de situação dos colegas da Universidade da Islândia mostra que o fluxo de lava não diminuiu.
Imagens de satélite permitiram verificar que o fluxo médio de lava nos primeiros 30 dias da erupção foi de 5,6 m3/s. Quando comparado com a maioria das outras erupções islandesas, o fluxo é notavelmente baixo e relativamente estável. As medições na lava agora mostram que houve algum aumento nas últimas 1-2 semanas. O fluxo médio nos primeiros 17 dias foi de 4,5-5 m3/s, mas nos últimos 13 dias anda em torno de 7 m3/s.
Comparando com outras erupções, é possível verificar que, apesar do aumento, o fluxo é agora apenas cerca de metade do que ocorria em média durante os primeiros 10 dias em Fimmvörðuháls na primavera de 2010, considerada como uma erupção pequena. Uma comparação com Holuhraun mostra que o fluxo atual é de 6 a 7% do fluxo médio de lava durante os seis meses que durou a erupção. Em termos de fluxo de lava, o exemplo histórico mais próximo seria a fase efusiva da erupção de Surtsey, que começou em abril de 1964 e continuou até o final da erupção em junho de 1967.
Segundo o Instituto de Ciências da Terra, entre 12 a 18 de abril, o fluxo total de todas as crateras aumentou ligeiramente. A área coberta pela lava atingiu 0,9 km2 e o volume total é mais de 14 milhões de m3.