Ontem, dia 5 de dezembro, pelas 12:45 (hora local), formou-se uma nova fissura eruptiva a cerca de 500 metros a oeste do cone de escórias Montaña Cogote, numa área residencial, afetando um número ainda desconhecido de edifícios.
A atividade visível nos centros eruptivos ativos continua em níveis reduzidos, observando-se na maior parte das vezes, apenas vapor, pulsos fracos e intermitentes de atividade estromboliana e emissões de cinzas que atingem apenas algumas centenas de metros de altura. No entanto, continua a haver emissão de lava, quer ao nível dos centros eruptivos pré-existentes, fluindo principalmente pelo sistema de tubos lávicos, quer dos novos centros eruptivos formados no dia 5 de novembro.
A nova escoada lávica progrediu para oeste ao longo da margem sul do campo lávico existente, cobrindo novos terrenos e destruindo edifícios adicionais, que já tinham sido há muito evacuados. Ontem à tarde, já tinha chegado à área de Las Hoyas, estando muito próximo da costa.
A contagem mais recente do número de edifícios destruídos subiu para 2.790 e a área agora coberta por escoadas lávicas aumentou em 9 hectares, contabilizando-se agora 1.155 hectares (1,55 quilómetros quadrados).
A atividade sísmica tem diminuído significativamente. No último relatório respeitante a um período de 24 horas, o Instituto Geográfico Nacional (IGN) indica apenas 35 sismos sob a área central de Cumbre Vieja. Desses, 33 ocorreram a profundidades de 9 a 17 km e apenas 3 a profundidades superiores a 34 km. A amplitude do sinal do tremor vulcânico permanece baixa e mais estável do que nos dias anteriores.
No que respeita à deformação do solo, a rede de monitorização permanente da ilha mostra uma reversão completa da elevação registada a 2 de dezembro na estação mais próxima dos centros eruptivos. Nas outras estações, verifica-se uma leve deflação, que se estabilizou, possivelmente relacionada à sismicidade profunda.
A emissão de dióxido de enxofre (SO2) permanece elevada, o que indica que ainda há magma disponível para erupção, embora com tendência decrescente. No caso da desgaseificação difusa de dióxido de carbono (CO2), os valores têm se mantido estáveis, mas ainda muito acima dos níveis de fundo (cerca de 5,3 vezes mais), de acordo com os dados científicos mais recentes.