O número de mortes e de desaparecidos causados pelas inundações e pelos movimentos de vertente desencadeados pela forte precipitação que atingiu a cidade de Petrópolis, no estado do Rio de Janeiro, no passado dia 15 de fevereiro, aumentou. As autoridades brasileiras contabilizaram até ao momento cerca de 176 mortos e 110 desaparecidos.
As buscas que decorrem no Morro da Oficina foram interrompidas na madrugada do dia 21 de fevereiro, devido aos ventos fortes e à precipitação, sendo retomadas algumas horas mais tarde.
As equipas de socorro conseguiram resgatar dos escombros 24 pessoas com vida.
O regresso da população à normalidade tem sido dificultado devido à quantidade de detritos que ainda permanecem nas ruas, impedindo a passagem de automóveis e de transportes públicos.
As aulas continuam suspensas e muitos dos edifícios escolares estão a servir de abrigo temporário a cerca de 850 pessoas.
Segundo um estudo desenvolvido pela Federação de Industrias do estado do Rio de Janeiro (Firjan), a tempestade provocou, na industria de Petrópolis, prejuízos que rondam os 665 milhões de reais.
Em 1988, movimentos de vertente em Petrópolis foram responsáveis por 134 mortes e, mais recentemente, em 2011, um episódio semelhante matou 918 pessoas.