Cinzas do vulcão Sangay no Equador afetam cerca de 1824 hectares de plantações
No passado fim-de-semana, o vulcão Sangay, localizado no Equador, gerou 122 explosões em 24 horas, emitindo uma coluna de cinzas com aproximadamente 2 km de altura.
Segundo dados do Instituto Geofísico da Escola Politécnica Nacional, foram registados 54 sinais de tremor associado a emissões de gases e de cinzas. Segundo o mesmo instituto, não há alterações na tendência da atividade do vulcão.
A coluna de cinzas gerada pelo vulcão na passada sexta-feira e no sábado, devido aos ventos dominantes no momento, dirigiu-se para noroeste, afetando cerca de 1824 hectares de áreas agrícolas da província de Chimborazo, envolvendo cerca de 3803 produtores e 6995 pecuaristas. Até ao momento, contabilizam-se danos preliminares em 23533 cabeças de gado. Para além dos efeitos nas plantações de milho, cebola, batata e pastagens, existem muitas estufas cobertas de cinzas, podendo estas a qualquer momento desmoronar. Os efeitos centraram-se nos municípios de Chunchi, Alausí, Guamote, Colta, Riobamba, Guano e Chambo. Em alguns lugares, a espessura de cinzas variou entre 3 a 4 milímetros.
O Instituto Geofísico do Equador alertou, na passada sexta-feira, sobre os possíveis efeitos da queda moderada a forte de cinzas em Chimborazo, enquanto para Bolívar, Cañar, Los Rios, Azuay e Guayas deve ser ligeira a moderada. Segundo o mesmo instituto, através da monitorização por satélite, foi possível observar a emissão de cinzas entre 900 e 1200 metros acima do nível da cratera nas direções noroeste e oeste, respetivamente.
Este fenómeno persiste desde maio de 2019, dentro do atual período eruptivo de Sangay, localizado a 5286 metros acima do nível médio do mar.