Número de vítimas mortais aumenta à medida que avançam operações de busca na Turquia e na Síria
Foi declarado um estado de emergência de três meses nas 10 províncias mais afetadas pelos sismos de magnitude 7,8 e 7,5 ocorridos, ontem, na Turquia e Síria.
O estado de emergência serve para garantir que as operações de busca possam ser realizadas rapidamente no sudeste do país. As medidas permitiriam que trabalhadores humanitários e ajuda financeira entrassem nas regiões afetadas.
Segundo o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, o número de mortos no país aumentou para cerca de 3549. Mais de 1600 pessoas morreram na Síria, onde milhões de refugiados vivem em campos na fronteira com a Turquia. De acordo com a Autoridade de Gestão de Emergências e Desastres da Turquia (AFAD), só na Turquia, cerca de 8000 pessoas foram resgatadas de mais de 4700 prédios destruídos. A Organização Mundial de Saúde alertou para a possibilidade do número de vítimas vir a aumentar drasticamente.
As equipas de busca na Turquia estão a enfrentar chuvas fortes e queda de neve, numa corrida contra o relógio para encontrar sobreviventes. A temperatura na região deverá diminuir nos próximos dias, podendo alcançar valores negativos ainda esta semana.
Em Adana, muitos desalojados perderam as suas casas e outros têm medo de regressar devido às réplicas. Poucas equipas de busca conseguiram chegar à cidade mais a sul da Turquia, Maras.
São vários os países que estão a enviar apoio para ajudar nas ações de busca e salvamento, incluindo equipas especializadas, cães pisteiros e equipamentos. A chegada de ajuda está condicionada também devido aos danos significativos em três aeroportos do país.