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Referência Bibliográfica


GASPAR, J.L. (2004) - Os cientistas, as autoridades, os media e o público: histórias de crises vulcânicas que fizeram História. Sumário da lição de síntese da disciplina de Gestão de Crises e Mecanismos de Resposta, Universidade dos Açores, Departamento de Geociências, 18p.

Resumo


Ao longo da História têm sido vários os exemplos de sucesso e de insucesso relacionados com a gestão de crises vulcânicas. Os primeiros estão, regra geral, ligados à existência de bons sistemas de monitorização, mecanismos de aviso eficazes, estruturas de protecção civil bem preparadas, planos de emergência adequados e boa capacidade para a sua execução (Chester, 1993; Nigg, 1995; Peterson, 1996; Shimozuru, 1996; Newhall, 2000; Johnston e Ronan, 2000; Wolfe e Hoblit, 1996; Alexander, 2002). Os segundos resultam normalmente de especificidades de ordem geológica pouco comuns, da ausência ou deficiência de sistemas de monitorização e alerta, da falta de preparação para o desenvolvimento de respostas adequadas e/ou de atitudes negligentes dos orgãos de decisão política (Lipman e Mullineaux, 1981; Voight, 1990 e 1996; Shimozuru, 1996; Cruz-Reyna et al., 2000).
 
Um aspecto que diferencia o problema da gestão de crises vulcânicas relativamente à de outros tipos de eventos naturais, designadamente inundações, tempestades, tornados, sismos, tsunamis e movimentos de massa, reside no facto de uma mesma erupção vulcânica poder apresentar diversos estilos, exigindo, por conseguinte, respostas diferenciadas. Adicionalmente, e ao contrário do observado na maioria dos outros perigos naturais, onde a cada fase de acalmia se sucede um período de destruição relativamente bem limitado no tempo, no caso da actividade vulcânica os sinais premonitores podem arrastar-se com alguma intensidade por períodos muito longos e as fases de actividade destrutiva estender-se durante meses ou mesmo anos (Shimozuru, 1996; Cruz-Reyna et al., 2000; Kokelaar, 2002).
 
Tais factos, aliados às incertezas científicas que acompanham a interpretação dos fenómenos geológicos, potenciando opiniões divergentes, à falta de sensibilidade das autoridades para decidir sobre cenários probabilísticos, ao apetite dos media para explorar as controvérsias e à má percepção da generalidade da população relativamente às ameaças a que está sujeita, transportam para a gestão de crises vulcânicas problemas ímpares de complexa solução (UNDRO, 1985; Voight, 1990 e 1996; Aspinall e Woo, 1994; Tilling, 1995; Barberi e Carapezza, 1996; Shimozuru, 1996; IAVCEI, 1999; Newhall e Hoblitt, 2002; Sparks, 2003).
 
Por forma a poder avaliar-se o peso de tais premissas no contexto global da gestão de crises e dos mecanismos de resposta, discutem-se, na presente lição, as particularidades de alguns exempos que ficaram para a História, na certeza de que constituem importantes lições para o futuro. ​

Observações


Anexos