O vulcão Grímsvötn, localizado no sudeste da Islândia, tem mostrado evidências de estar a iniciar uma nova fase de atividade.
Com efeito, um relatório do Icelandic Met Office (IMO) informa que, na última semana, uma equipa de cientistas realizou medições de gases no setor sudoeste do vulcão e verificou níveis elevados do dióxido de enxofre (SO2), perto dos locais onde ocorreram as erupções de 2004 e 2011. Melissa Anne Pfeffer, especialista do IMO esclarece que o SO2 é um gás que geralmente não está presente quando não há uma erupção. Adianta, ainda, que a área onde existe uma anomalia térmica está também a aumentar.
O relatório do IMO explica que em 1953, Sigurður Þórarinsson apresentou uma teoria sobre a relação entre a dinâmica do glaciar e a ocorrência de erupções no Grímsvötn. Se se verificar um aumento da pressão de magma combinado com o degelo após uma grande acumulação de água na caldeira, a diminuição do nível de água e, consequentemente, da pressão exercida sobre a câmara magmática pode fazer com que o magma consiga ascender à superfície e originar uma erupção. Este cenário já ocorreu na história vulcanológica recente do Grímsvötn, de que são exemplos as erupções de 2004, 1934 e 1922.
Atualmente, as condições no vulcão apontam para a iminência de uma erupção (nas próximas semanas ou meses), uma vez que existe uma grande acumulação de água e a pressão do magma na câmara magmática está também elevada.
Dadas as circunstâncias, o Conselho Científico da Islândia vai reunir-se novamente esta semana para acompanhar a situação.