Hoje, dia 10 de abril, às 03:11 UTC, a parte central de Itália voltou a ser abalada por um sismo de magnitude 4,7. Segundo o European-Mediterranean Seismological Centre (EMSC), o sismo localizou-se a 41 km a SW de Macerata, na região de Marche, e a uma profundidade de 9 km.
Esta zona já tinha sido afetada por sismos destruidores em 2016, o mais forte dos quais com 6,1 de magnitude, que causaram danos generalizados e foram sentidos nas regiões vizinhas de Umbria e Lazio. Também o sismo de Amatrice, localizado mais a sul, provocou a morte de aproximadamente 300 pessoas.
Até ao momento, não há registo de feridos ou vítimas mortais, mas os presidentes das cidades atingidas, reportaram alguns danos. Mario Baroni, presidente da cidade da Muccia, província de Macerata, reportou o colapso parcial da torre sineira de uma igreja do século XVII, que já havia sido danificada em 2016. Informou ainda que a principal preocupação era verificar se há danos nas casas que ficaram inabitáveis após os terramotos de 2016. Algumas escolas suspenderam as aulas, e os transportes férreos também ficaram temporariamente suspensos, tendo já sido retomados.
Baroni adiantou ainda que este sismo foi o mais forte desde outubro de 2016. Explicou que a área está sismicamente ativa, com frequentes sismos mais fracos, incluindo um ocorrido em janeiro, e que os habitantes estão a começar “a viver com sismos”, a ter perceção sobre os mesmos. Mas salientou que a incerteza está criando ansiedade e preocupação. Segundo Alessandro Gentilucci, presidente de Pieve Torina, quatro famílias foram retiradas das suas casas.
Segundo o diretor do Instituto Nacional de Geofísica e Vulcanologia (INGV), Salvatore Stramondo, o terramoto de Amatrice reativou uma série de falhas que provocaram dezenas de eventos sísmicos diários numa vasta região de Amatrice a Norcia e Macerata nos últimos 20 meses. Em média, por mês, três sismos atingem magnitudes entre 4 e 5.